16 de agosto de 2012
O Templo de Ta Prohm: Um dos muitos segredos do Camboja
Olá Viajantes!
Hoje pesquisando alguns roteiros em destinos exóticos, me deparei com a quantidade de locais que já foram cenários de guerras e que acabaram marcados em nossa mente por este motivo, escondendo por muito tempo a enorme vocação para o Turismo que possuem. O Camboja é um país assim, e dentro dele o Complexo de Angkor, onde encontra-se esta maravilha chamada Templo Ta Prohm.
Localizado na Província de Siem Reap, no Camboja, este local fascinante é Patrimônio Mundial da Unesco, e com certeza merece este título...
Cercado por campos e alguns lagos, é um dos pontos turísticos mais conhecidos dentro da chamada Região dos Templos de Angkor, a antiga capital do Império khmer, durante a sua época de esplendor entre os séculos IX e XV. Foi fundado como um mosteiro Budista Mahayana e universidade pelo rei Khmer Jayavarman VII, que reinou de 1181 a 1220.
Se ele lhe parece familiar, talvez isso se deva ao cinema. O templo de Ta Prohm foi utilizado como cenário em "Tomb Raider" . Embora o filme tenha tomado liberdades visuais em outros templos de Angkor, as suas cenas em Ta Prohm são bastante fieis a aparência real do templo.
HISTÓRIA
Após a queda do império Khmer no século XV, o templo de Ta Prohm foi abandonado e negligenciado por séculos. Quando o esforço para conservar e restaurar os templos de Angkor começou no início do século 20, a "École Française d'Extrême-Orient", que tinha sido fundada em 1898 visando estudar o patrimônio artístico da Indochina sob domínio francês, decidiu que Ta Prohm seria deixado em grande parte como tinha sido encontrado, como uma concessão "para o gosto geral para a pitoresco". De acordo com estudioso pioneiro de Angkor Maurice Glaize, Ta Prohm foi escolhida porque era "um dos mais imponentes templos e aquele que melhor se fundiu com a selva, mas ainda não ao ponto de se tornar uma parte dela". No entanto, muito trabalho tem sido feito para estabilizar as ruínas, para permitir o acesso, e para manter "esta condição de negligência aparente"
A partir de 2010, no entanto, as autoridades começaram a ter uma abordagem mais agressiva para a restauração. Todas as plantas e arbustos foram removidas e algumas das árvores também foram removidas. Um guindaste foi erguido e uma grande quantidade de trabalhos de construção está em andamento para restaurar o templo. Passarelas de madeira, plataformas e trilhos têm sido postos em diversos lugares dentro do templo, e que agora bloqueiam algumas das oportunidades de fotografar o anteriormente famoso cartão-postal.
A maioria das trabalhos de restauração são levados a cabo mediante o método da "reintegração" ou anastilose; um processo de reconstrução consistente em recolocar as peças originais derrubadas, ou em alguns casos até mesmo elaborar novamente as peças faltantes —desde quando exista informação suficiente para o fazer fielmente—. Outra técnica utilizada consiste em desmontar peça por peça o monumento para proceder à sua limpeza ou à sua consolidação, para posteriormente restituí-lo ao seu estado original.
O SÍTIO ARQUEOLÓGICO
O projeto de Ta Prohm é a de um típico plano templo Khmer (em oposição a um templo pirâmide ou templo montanha, com níveis internos que são mais elevados do que o exterior). Cinco paredes retangulares cercam um santuário central, e como a maioria dos templos Khmer, Ta Prohm é orientado para o leste, de modo que o próprio templo é um retrocesso para o oeste ao longo de um eixo leste-oeste alongado. A parede mais externa, de 1000 por 650 metros abrange uma área de 650.000 metros quadrados, que teria sido o local de uma importante cidade, mas que é agora amplamente arborizadas.
A ARTE REPRESENTATIVA
Ta Prohm não tem muitos baixo relevos (em comparação com Angkor Wat ou Angkor Thom ou). Uma explicação que tem sido dada para essa falta, é que muito do trabalho artístico original do templo budista deve ter sido destruída por iconoclastas Hindus após a morte de Jayavarman VII. De qualquer forma, algumas representações de cenas da mitologia budista se mantêm. Um baixo-relevo desgastado ilustra a "grande partida" de Siddhartha, o futuro Buddha, do palácio de seu pai.[8] O templo também possui relevos em pedra de devatas (menor divindades femininas), monges meditando ou ascetas, e dvarapalas.
A NATUREZA SOBRESSAI
Além das árvores exóticas que estão dentro do Templo de Ta Prohm e que foram tombadas pela Unesco em conjunto com ele - com suas raízes aparentes e casca extremamente lisa e branca - outras espécies que são abundantes na região de Angkor tem particularidades que tornam este lugar ainda mais especial. A Rara fruta chamada "Dragon Fruit" é uma delas. Ela possui textura de polpa que lembra a nossa Fruta do Conde brasileira, mas um sabor que se assemelha ao Maracujá... O único problema com ela é ter coragem para abrir e comê-la. Não parece que estamos cortando uma jóia, ou até mesmo um pequeno ovo de dragão? Linda...
Este é mais um dos destinos que teve guerras e barbaridades associadas a sua história. Não canso de afirmar: Como é possível que o homem sinta o desejo de se destruir em meio a locais consagrados a antigos Deuses e a paz? Espero que assim como a mata que tomou conta do Templo, tomando para si o direito sobre o tempo e o contato com os Deuses, que a paz tome conta deste lugar, e que com o passar dos anos as lembranças das guerras tornem-se pequenas manchas, como os musgos presos aos imponentes muros de Ta Prohm.
Boa Viagem a todos!
Marcadores:
Arqueologia,
Camboja,
Dragon Fruit,
Ta Prohm,
Templo
Local:
Camboja
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário